quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Nada mais importa







Seguimos caminhos diferentes
mesmo que andemos um ao lado do outro.
Seu sorriso me anima enquanto olho pra frente
e sigo, sua voz mesmo distante me acalma
o mundo nos diz coisas diferentes,
mas o mundo não importa.

Nada mais importa
alem do seu sorriso
seguimos caminhos diferentes mais vamos na mesma direção.
Apesar de você estar longe
sua voz me guia.

Eu te sinto aqui.
Você sempre esteve aqui,
sempre estivemos juntos.
Mesmo que pensemos em tudo menos em nós.
E pensemos no mundo, que hoje não importa.

Eu sei onde posso chegar
e sei que você sabe,
que nada disso são só palavras
nunca foram só palavras
por que no final
nada mais importa

Alem do que somos.

domingo, 6 de julho de 2014

Chapeuzinho Moderna

Esta é chapeuzinho vermelho.

                                                                                         

Ela esta perdida num bosque de pedra, mas não tem mais medo do lobo mau, porque em seu mundo o lobo mau mora dentro de casa, morava em sua casa.
Depois de ser comida pelo lobo mau varias vezes, ela juntou sua coragem e fugiu, com o medo e a vergonha.
Mas hoje nao existe nenhum caçador para lhe salvar das cobras e dos outros lobos que moram no bosque, por isso ela permanece nas ruas, ela e mais tantas outras crianças que foram forcadas a deixar de acreditar em contos de fada e esperança.


O homem cada vez mais é seu próprio lobo.




quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Viagem de Trem



As vezes sinto como se estivesse de frente a verdade, e meus olhos a vissem por trás de uma janela, mas de alguma forma sinto eles nublados. quero vê-la claramente, mas não me permito. e minha impotência me magoa.
A janela começa a ser insignificante como todo o resto e tudo é tão claro que se torna escuro e de alguma forma tudo continua, mas não sei o por que daquela persistência eu simplesmente não entendo porque o castelo de cartas não desaba de uma vez, e não sei porque prefiro que ele caia. então eu sou mais uma vez um numero, e esqueço que nunca deixei de ser um.
 A coleira sempre esteve no meu pescoço, as algemas são invisíveis mas continuam em meus pulsos e sou um ser humano tão passageiro e deplorável quanto qualquer outro, com suas felicidades passageiras e genéricas e suas limitações na prisão comportamental chamada sociedade e assim mais uma vez chego na parada lugar nenhum.